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quinta-feira, 10 de março de 2011

Termelétricas terão maior participação na geração de energia


Fontes renováveis não dão conta de suprir a demanda brasileira, o que pressiona o país a investir em fontes mais poluentes

A necessidade de aumentar a geração de energia elétricano Brasil está pressionando o país a investir em fontes mais poluentes. Um estudo recente feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a participação de usinas térmicas na geração de energia deve passar dos atuais 25% para 31,4% com a implementação dos projetos em construção e os licenciados nos últimos anos. 

Embora as usinas de biomassa (consideradas menos poluentes) também estejam incluídas nesse montante, a alta da participação das termelétricas na matriz é puxada pelas fontes de combustíveis fósseis, como óleo diesel e carvão mineral. Dentre os empreendimentos à base térmica, os movidos a carvão mineral, um dos mais poluentes, praticamente triplicarão sua participação. 

De acordo com Gesmar Rosa dos Santos, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, ainda que o país não repita nos próximos anos a alta do Produto Interno Bruto (PIB)de 7,5%, registrada em 2010, o avanço de fontes mais poluentes é inevitável. “A quebra dessa proporção é muito difícil, porque o Brasil vai crescer muito. Mesmo que seja um crescimento de menos de 5%, ele exige uma expansão grande da quantidade de energia disponível e apenas as fontes alternativas renováveis não dão conta de suprir", afirma. 

Com o objetivo de garantir que não faltará energia em períodos de baixo nível de água nos reservatórios dashidrelétricas, as térmicas integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ficam de prontidão e são acionadas em situações emergenciais. Para as grandes indústrias, que instalam térmicas para uso próprio, essa é também é uma segurança de que haverá energia para tocar seus negócios. 

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